Em meios aos escândalos federais de corrupção que os jornais noticiam, a Câmara dos Deputados aprovou mais um crime contra o trabalhador: a terceirização. Com tapinhas nas costas e discursos mirabolantes, 230 legisladores eleitos pelo povo, votaram contra àqueles que os elegeram, colocando em risco os salários, empregos, carteiras de trabalho e a economia do país.
Eles nem usam água para tentar enfiar goela a baixo as mentiras e tentativas de enganar o povo, afirmando que esta lei vem para proteger e beneficiar o trabalhador. Na verdade, os únicos beneficiados com essa proposta são os que não trabalham com carteira assinada: banqueiros e grandes empresários.
A terceirização, associada às mudanças na previdência que os governantes querem fazer, pode ser comparada à escravidão. Isso porque querem corrigir os erros que cometeram no passado, com o suor do trabalhador. Salários mais baixos, retirada de benefícios e trabalhadores sendo forçados a exercerem suas atividades por quase 50 anos para terem direito a aposentadoria. Estão impondo que o salário sacie apenas a fome, como se outros direitos inexistissem para o verdadeiro trabalhador.
Com todo respeito aos negros, sua história e a todos aqueles que descendem dessa etnia, é possível afirmar que caminhamos para uma escravidão moderna, onde o trabalhador é colocado numa posição social quase miserável, sem voz, sem vez, sem chances e sem direitos. Apenas trabalhando para comer. Vendendo o almoço para saciar a fome no jantar, como diria o ditado. Enquanto isso, os grandes lá em Brasília, agem como se soubessem o que é melhor para nós e para nossos filhos, usando belas palavras, mexendo os braços e falando firme – às vezes até tentando parecer honesto.
O próximo passo é o tronco, a senzala, o chicote e o capitão do mato. Não permita que isso aconteça, não se deixe enganar.
Faça valer o seu direito, o seu voto e sua voz. Reaja, trabalhador brasileiro.